O material que está sendo processado é o fator crítico na determinação da velocidade da rosca. Cada material, seja polímero, borracha ou compósito, possui propriedades únicas, como viscosidade, sensibilidade térmica e comportamento de fluxo. Por exemplo, materiais altamente viscosos requerem velocidades de rosca mais baixas para evitar cisalhamento excessivo, o que poderia levar à degradação do material ou a um aumento na temperatura de fusão. Por outro lado, materiais de baixa viscosidade podem tolerar velocidades mais altas, permitindo um rendimento mais rápido sem comprometer a qualidade. Além disso, materiais com propriedades sensíveis ao calor, como o PVC, exigem um gerenciamento cuidadoso da velocidade para evitar a degradação térmica, o que pode resultar em descoloração, perda de propriedades mecânicas ou liberação de gases nocivos.
O rendimento, ou a quantidade de material processado por unidade de tempo, influencia diretamente a escolha da velocidade da rosca. Demandas de rendimento mais altas geralmente exigem um aumento na velocidade da rosca. No entanto, isto deve ser equilibrado em relação às características de processamento do material. A velocidade excessiva pode levar a uma mistura deficiente, fusão incompleta ou até mesmo falha mecânica. Por outro lado, se a velocidade da rosca for muito baixa, o rendimento poderá não atingir as metas de produção, levando a ineficiências. A velocidade definitiva deve ser o ponto em que o rendimento necessário é alcançado sem comprometer a integridade do material ou a qualidade do produto.
O design do parafuso em si, incluindo seu passo, profundidade de voo e geometria geral, desempenha um papel significativo na determinação da velocidade definitiva do parafuso. Os parafusos duplos cônicos são projetados para comprimir o material à medida que ele se move ao longo do cilindro, o que ajuda a melhorar a mistura e a fusão. O passo e a profundidade das hélices do parafuso determinam a rapidez com que o material se move através do cilindro e a quantidade de cisalhamento que ele sofre. Uma rosca com inclinação rasa e voos profundos geralmente exigirá uma configuração de velocidade diferente em comparação com uma rosca com inclinação íngreme e voos rasos. O design precisa estar alinhado com as propriedades do material e o resultado desejado para alcançar os resultados.
Os materiais processados em um cilindro cônico de rosca dupla podem ser sensíveis a forças de cisalhamento e ao calor. As altas velocidades da rosca aumentam a taxa de cisalhamento e a geração de calor por fricção, o que pode causar degradação térmica em materiais sensíveis ao calor. Isto pode trazer problemas como descoloração, alterações no peso molecular ou liberação de componentes voláteis. Para materiais como certos termoplásticos ou produtos de qualidade alimentar, manter uma velocidade de rosca baixa pode ajudar a minimizar esses riscos, garantindo que as propriedades do material sejam preservadas durante todo o processo. A velocidade definitiva deve ser baixa o suficiente para evitar a degradação e, ao mesmo tempo, atingir mistura e rendimento adequados.
A eficácia dos sistemas de resfriamento e aquecimento do barril é crucial para determinar a velocidade definitiva da rosca. Esses sistemas controlam a temperatura do material à medida que ele é processado, evitando superaquecimento ou aquecimento insuficiente. Se a velocidade da rosca for muito alta, o calor gerado poderá exceder a capacidade do sistema de resfriamento, levar a temperaturas de fusão excessivas e potencial degradação do material. Por outro lado, se a velocidade for muito baixa, o sistema de aquecimento pode não ser capaz de manter a temperatura necessária para o processamento, resultando em fusão incompleta ou mistura deficiente. A velocidade da rosca deve ser equilibrada com as capacidades destes sistemas para manter a temperatura de processamento desejada durante todo o processo de extrusão.
A velocidade da rosca afeta diretamente a pressão dentro do cano. Velocidades mais altas normalmente aumentam a pressão, que é necessária para conduzir o material através da matriz e moldar o produto final. No entanto, a pressão excessiva pode trazer vários problemas, como desgaste da matriz, fluxo irregular ou instabilidade do material. Por outro lado, pressão insuficiente pode causar enchimento incompleto da matriz, acarretando defeitos no produto final. A velocidade definitiva da rosca deve criar pressão suficiente para garantir o preenchimento adequado da matriz e a formação do produto, evitando estresse excessivo no equipamento ou material.